
Título: A Islamização da Europa
Autor: Alexandre del Vale
Editor: Editora Civilização - Outubro de 2009
Custo: 16,90 euros
Cópia do texto de apresentação da editora:
"O presente ensaio é um alerta. Tem como objectivo provocar a reflexão sobre a evolução da Europa, em particular da União Europeia, ameaçada pela investida cada vez mais ampla do islamismo radical, que infelizmente tem a sua acção facilitada pelo agravamento dos problemas migratório e demográfico.
Este livro é fruto da observação directa, de reuniões com grandes especialistas e da análise de importantes estudos sob o prisma elucidativo da teoria da EURÁBIA, concebida pela historiadora anglo-egípcia Bat Ye'Or.
A EURÁBIA permite ampliar de forma contundente e colocar em esclarecedores quadros de conjunto sintomas da decadência da Europa, hoje objectos da desatenção geral, mas que de facto constituem prenúncios de derrotas inesperadas. Mostra uma ideologia de dominação e uma meta de hegemonia cultural, explicando ainda os efeitos devastadores da apatia do europeu médio diante do perigo islâmico. A generalização da inércia e do derrotismo precipitará os povos europeus - por medo, interesses económicos ou fascínio pelo poder emergente - nas garras do totalitarismo islâmico.
A Europa, por razões facilmente compreensíveis, é um dos objectivos mais encarniçadamente perseguidos por este totalitarismo verde. A Europa transformou-se em alvo fácil. Outrora poderosa e activa, hoje é um continente enfraquecido demograficamente , muito dependente do petróleo islâmico e, sobretudo, debilitada na sua capacidade de resistir.
Os grandes pólos irradiadores da nova conquista islâmica compreenderam que chegou o momento de investir contra a Europa, para a submeter aos seus desígnios de dominação religiosa e política. Para os europeus tornou-se imprescindível o conhecimento imediato da situação descrita neste livro. Tal é o objectivo do seu autor."
Apreciação pessoal:
A leitura do livro "Fúria Divina", sobre o qual teci um comentário anteriormente, alertou-me para a existência de um islão agressivo que não se compara à imagem estereotipada, que nos últimos anos tem vindo a ser veiculada na Europa, de um islamismo moderado, respeitador dos valores ocidentais e que deseja a coexistência pacífica. Este Islão é uma miragem que, de certa forma, os muçulmanos acomodados e ocidentalizados tentam convencer-nos de que é o verdadeiro Islão. Mas, com o avançar dos tempos e com a evolução dos acontecimentos da vida política internacional, percebemos que a ala radical, que leva o Corão à letra e que não pretende qualquer tipo de compromisso com a civilização ocidental, que odeiam, vai agregando ao seu redor, um número cada vez maior dos deserdados da fortuna, dos oprimidos e dos revoltados.
O Islão radical, veio substituir o vazio que a queda do comunismo tinha cavado. São eles os novos libertadores dos povos oprimidos pelo capitalismo americano-sionista.
A história já demonstrou várias vezes que, minorias activas, podem condicionar os destinos dos povos, promovendo soluções ditatoriais e totalitárias, como a única opção para enfrentar vazios do poder ou para colmatar roturas económicas que parecem não ter solução.
Tivemos a Revolução russa de 1917, a ascensão do Fascismo italiano e do Nazismo alemão, o Franquismo e o Estado Novo que, em Portugal, pôs termo aos desvarios da 1ª República.
Esta minoria, de que estamos falando, manobra entre a chantagem emocional e o terrorismo.
Toda a Europa sofre do "complexo da colonização", pois todos os países que a compõem, não conseguem esquecer a opressão e a exploração exercida sobre os povos que dominaram. Quando esse passado lhes é deitado à cara, encolhem-se acobardados. Essa é a chantagem emocional que o Islão radical usa para pressionar as decisões dos políticos europeus. A outra face, a do terrorismo, todos a conhecem muito bem. Vai dos atentados de Madrid e de Londres, até ao assassinato em 7 de Maio de 2002, de Pim Fortuyn, um político populista que classificava o Islão como uma cultura atrasada, seguido do de Théo Van Gogh, em 2 de Novembro de 2004, que foi degolado por um extremista islâmico, como represália pelo filme que tinha realizado, onde denunciava a forma como as mulheres muçulmanas são tratadas nos países onde vigora a "sharia" (Lei canónica do Islão, retirada do Corão e dos hadith).