terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

2 - Davos versus Globalização

A 40ª edição do Fórum Económico Mundial, chegou ao fim.
Os líderes políticos e económicos reunidos em Davos, não duvidam que a crise económica que o mundo está vivendo, terá consequências sociais e também políticas.
Poderemos assistir ao despontar de reacções sociais violentas e ao ressurgimento do nacionalismo exacerbado.
A perspectiva dos responsáveis, aponta para um número crescente de desempregados, que atingirão a curto prazo, 50 milhões.
Mas qual é a admiração?
Em Setembro de 1995, no hotel Fairmont em Sâo Francisco, Mikhail Gorbatchev reuniu com a elite do mundo.
Dessa reunião, sobressaiu uma ideia base.
O modelo mundial do futuro (globalização), baseia-se na fórmula; um quinto versus quatro quintos.
No próximo século (XXI), para manter a actividade da economia mundial, um quinto das população activa, serão suficientes. Não haverá necessidade de mais mão-de-obra.
Esse 1/5 dos trabalhadores, bastará para produzir todas as mercadorias e para fornecer as prestações de serviços que a sociedade mundial pode gozar. Eles participarão assim activamente na vida, nos rendimentos e no consumo - seja em que país for.
Mas e os restantes quatro quintos?
Para que os excluídos permaneçam tranquilos, os Estados terão que garantir uma sábia mistura de divertimentos estupidificantes e de alimentação suficiente em quantidade, mas com baixo valor nutritivo.
Aquilo que é apresentado, como um acidente resultante de uma crise financeira que atingiu o mundo, não passa das consequências de um risco calculado com a devida antecedência.
E ainda houve quem aplaudisse a globalização, como um bem para a humanidade...
Nota: Elementos retirados do livro - "A Armadilha da Globalização"
O assalto à Democracia e ao Bem-Estar Social
Autores: Hans-Peter Martin e Herald Shumann
Editora:Terramar - Publicado em Outubro de 1998
Colecção - Actualidades
Prémio do "melhor livro político" de 1997 - Fundação Bruno Kreisky, Viena
Este livro explora o avanço da globalização e das suas consequências para o emprego e a democracia. Os autores são dois experimentados jornalistas da revista alemã "Der Spiegfel".

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